sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

À Jennifer Moyer


Abri um livro e, antes de lê-lo, me fixei na dedicatória da primeira página. Dizia: À memória de Jennifer Moyer, que deixou tudo melhor do que havia encontrado. É o que todos nós gostaríamos de ver escrito no nosso obituário, imagino.
Desconheço quem seja Jennifer Moyer, mas simpatizei com essa moça (garanto que ela nunca deixou de ser moça, mesmo que tenha morrido ao cem). Só as pessoas de alma jovem e sadia é que entendem que a gente não vem ao mundo para sugá-lo, para retirar dele o suco possível e deixar para trás o nosso lixo. Encontramos o mundo de um jeito, ao nascer. É uma questão de honra que ele esteja melhor ao partirmos.

Mas não é tarefa fácil. Eu desanimo quando vejo a quantidade de pessoas grosseiras que se reproduzem feito gremlins. Nem mesmo nosso chefe de Estado anda conseguindo manter a compostura. Não é porque todo mundo fala palavrão - e todo mundo fala mesmo - que Lula precisa usar o mesmo recurso para se expressar em público. Aliás, vale para todos os que ocupam alguma hierarquia, sejam diretores de empresa, professores, pais. "Menino, vá estudar, ou quer ficar na merda pra sempre?" Esse exemplo de elegância no tratamento é comum nos lares brasileiros, e com aval presidencial, tende a se perpetuar.

Se a gente quer que nossos netos herdem um mundo melhor, é preciso arregaçar as mangas agora e aqui, Copenhage fica muito longe. Então vamos lá: ninguém morre se caminhar três quadras em vez de usar o carro ou se procurar uma lixeira em vez de jogar uma lata de refrigerante no meio da rua. E não é só consciência ambiental que precisamos exercitar, mas também uma consciência básica sobre a arte de conviver. Não é possível que as pessoas sigam sendo tão maldosas e ariscas, sempre alfinetando os outros, sempre interpretando erroneamente os bons atos e cultivando um complexo de perseguição que mira as relações. Ninguém mais acredita em ninguém, ninguém confia, todos vivem com a faca entre os dentes, temendo passar por otários. E é o que acabam sendo. Se tivessem uma visão um pouco mais pacifista, iriam facilitar muito as relações humanas. Esperar o melhor dos outros é uma atitude contagiante, mas, infelizmente, esperar o pior também é. E fica esse guerra de nervos no ar.

Tenho uma visão bem individualista sobre o que torna o mundo mais habitável: cada um fazendo a sua parte já ajuda um bocado. Não estou falando apenas em contribuir com dinheiro para entidades carentes, adotar bichos de rua, doar sangue, mas também em cuidar do nosso humor, praticar a cortesia, aplaudir, elogiar - não há submissão nenhuma em ser positivo. Mas somos acomodados e preferimos esperar por soluções estabelecidas de cima para baixo, como se a nossa colaboração fosse inexpressiva.

Dedico essa crônica a minha musa inspiradora de hoje, Jennifer Moyer, que sei lá o que fez para ser homenageada com uma dedicatória num livro, mas pouca coisa não foi: ou ela soube transmitir aos filhos a importância de se viver sem mágoas, ou ela soube cultivar seus amigos, ou ela sempre foi justa, ou não se deixou levar por vaidades bestas, ou simplesmente sorriu mais do que praguejou. Ou tudo isso junto, o que já é um belo lote de atos revolucionários.
.
.
Martha Medeiros


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Parede colorida




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Toque pessoal
































Uma pequena semente

MENINO DE SETE ANOS ARRECADA MAIS DE US$ 240 MIL PARA O HAITI
Charlie Simpson pretendia fazer promoção entre os vizinhos, mas idéia se espalhou na internet.
Reino Unido - O Britânico Charlie Simpson, de apenas 7 anos, conseguiu arrecadar praticamente sozinho, em Londres, mais de 150 mil libras (US$ 242 mil) para as vítimas do terremoto que devastou o Haiti no último dia 12.
O objetivo inicial do garoto era conseguir 500 libras (US$ 811) entre seus vizinhos no bairro de Fulham, mas a iniciativa se tornou um fenômeno global e, através do site www.justgiving.com/CharlieSimpson-Haiti, ele impressionou ao arrecadar milhares de libras.
"Vi as imagens na televisão e pensei que não era muito agradável. Percorri 1,5 milha (2,4 quilômetros) junto a um amigo. Foi cansativo. Nosso objetivo eram 500 libras, mas foi uma "loucura", disse no domingo Charlie, que teve o apoio ainda dos pais, da irmã e dos vizinhos.
Antes, sua idéia já tinha atraído a atenção de centenas de pessoas que, através da página da ONG JustGiving, fizeram pequenas doações, a maioria de entre 5 e 20 libras (US$ 8 e 32).
A página foi inaugurada por ele com a seguinte mensagem. "Quero fazer um grande percurso de bicicleta para arrecadar fundos para o Haiti, porque houve um grande terremoto e muita gente morreu. Quero conseguir algum dinheiro para comprar comida, água e tendas de campanha para todos."
O diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) no reino Unido, David Bull, descreveu o feito de Charlie Simpson como "uma pequena semente", que rapidamente cresceu para ser um fenômeno internacional, com doações procedentes de todo o mundo.
.
Fonte: JORNALNH.com.br
.
.
* A nobre atitude deste menino me fez lembrar da música PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES , composição de Geraldo Vadré.
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Uma jóia de bijuteria (parte 02)

www.nanabernardes.com.br







Pulseira upcycled Adorable

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Textura natural















segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Arte com pet






Criação e confecção: atelier tapera urbana

Idéias de verão

www.recyclart.org