terça-feira, 29 de junho de 2010

A dor e a evolução dos animais

Já fazem alguns dias que recebi e-mail, mas só hoje tive tempo de ler o seu conteúdo.
Casualmente iniciei esta semana, com alguns comentários à respeito da situação lastimável em que se encontram os nossos animais de rua.
Mas, como nada é por acaso, ele foi enviado em boa hora e achei interessante postá-lo, pois ele repassa algumas explicações e relatos sobre o assunto. Se é ou não convincente, pelo menos conforta um pouco a alma de quem os respeita.

O saudoso escritor Carmo Bernardes considerava muito importante a presença de animais domésticos numa casa, em contato com as crianças.
Assim, elas crescem amando e respeitando os bichos, porque aprendem que eles sofrem tanto quanto nós mesmos - dizia o sábio regionalista.

Por que sofrem os animais? Eis aí um tema a exigir muitos e profundos estudos, as quais a Doutrina Espírita oferece os primeiros fundamentos.
Agora mesmo, com o mal da vaca louca nas manchetes da imprensa, ficamos nos perguntando o motivo dessas epidemias que dizimam milhares e até milhões de bovinos.
A chave para a explicação pode estar no abate desenfreado de gado para alimentação humana. Ainda sem livre arbítrio, a alma animal tem necessidade do aprimoramento, num processo reencarnatório estabelecido pela Natureza. O homem o interrompe violentamente e a resposta é a doença coletiva, porque o equilíbrio natural foi abruptamente partido.

A alma animal já possui, em maior ou menor quantidade, uma relativa liberdade, e mantém a individualidade depois DA morte. Ainda sem livre arbítrio, contudo, ela não dispõe da faculdade de escolha desta ou daquela espécie para renascer. Seu espírito progride, reencarnando em corpos cada vez mais capazes de lhe favorecerem condições para as primícias do raciocínio acima do instinto.

Entre o espírito do homem e os espíritos dos animais, todavia, a distância é quase do tamanho da existente entre Deus e o homem. É um mistério que a mente humana só muito lentamente aclarará.

A alma animal, que já passou pelo reino mineral, onde a individualidade não existe, evoluiu através do reino vegetal e um dia iniciará a longa caminhada da espécie humana em direção à angelitude.

Mas é muito difícil raciocinar nesses termos devido ao ranço das religiões sectárias, ao orgulho, pretensão, vaidade e egoísmo próprios da espécie humana. O egocentrismo persiste até hoje e é ele quem impede à esmagadora maioria das pessoas aceitar a existência da vida em outros planetas, embora Jesus tenha afirmado, há dois mil anos, que a Casa do Pai tem muitas moradas.
Discípulo de Herbert Spencer, Ernesto Bozzano trouxe da escola positivista o hábito de se apoiar no fato para dele tirar conclusões. Seu audacioso livro 'Os animais tem alma?' Produzido na primeira metade do século XX, é fruto de pesquisas sérias realizadas em 130 casos de aparições e outros fenômenos supranormais com animais.

No prefácio da edição brasileira de sua obra, Francisco Klors Werneck lamenta que, geralmente preocupados com outros problemas, os homens não dêem atenção a seus irmãos inferiores, aos grandes e pequenos seres da criação como cavalos, cães, gatos e outros, “como se eles também não tivessem alma, não possuíssem sentimentos afetivos e mesmo faculdades surpreendentes.”

Ele cita que alguns animais percebem a morte próxima, como cavalos e bois que se recusam a entrar no matadouro, advertidos, ninguém sabe como, do que os espera lá dentro. Animais, como os cães, se deixam morrer depois da morte de seus donos, tal a desesperada saudade que sentem deles. Um famoso cavalo de corrida se tornou de tal afeição por uma cabra que não aceitava se separar dela.

'Os animais têm alma?' Dá a entender que oS cães podem ser a espécie mais evoluída na escala animal. Relata o fato surpreendente do cão que avançou ferozmente contra outro e parou sem o agredir, ao verificar que era cego. Outro, mais extraordinário ainda, do cirurgião que tratou, em sua própria casa, de um cachorro que tivera a pata esmagada. Passados doze meses, o médico ouviu estranhos arranhões na porta da rua, abriu-a e espantou-se. O cão que curara um ano antes lhe trazia um companheiro com a pata esmagada.
Fato parecido é comum na Cavalaria da Polícia Militar do Estado de Goiás, em Goiânia, onde cavalos com dor de barriga procuram por conta própria o consultório do veterinário, segundo nos contou o doutor Francisco Godinho, que Ali trabalha há muitos anos.

Há uma página admirável de Emmanuel, intitulada Animais em sofrimento, na qual ele analisa o que parece injustiça: OS animais, isentos da lei de causa e efeito, sem culpas a expiar por serem irracionais, padecerem sacrifícios e dores neste mundo.

O notável instrutor espiritual de Francisco Cândido Xavier considera, em primeiro lugar, ser necessário interpretar o sofrimento por mais altos padrões de entendimento. Ninguém sofre tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando recursos preciosos para obtê-las. Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras, para se instruir.

Nenhum espírito obtém elevação ou cultura por osmose, mas unicamente através do trabalho paciente e intransferível.
O animal, igualmente, para chegar à auréola da razão, deve conhecer benemérita e cumprida fieira de experiências que terminarão por lhe conferir a posse definitiva do raciocínio. Sem sofrimento, não há progresso.

Todo ser, criado por Deus simples e ignorante, é compelido a lutar pela conquista da razão, para em seguida a burilar. Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução. Dor física no homem, acrescida de dor moral, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Toda criatura caminha para ser anjo: investida na posição de espírito sublime, livra-se da dor, porque o amor lhe será sol no coração, dissipando as sombras ao toque da sua própria luz.

Jávier Godinho/Revista Espírita Allan Kardec – nº48


“Os animais dividem conosco o privilégio de terem uma alma.” (Pythagoras)

5 comentários:

Gigi Colombini disse...

Oiiiii, passando para desejar uma ótima tarde!!!
Aumei o texto tia!!!

Lambeijokas

Lola

Romy disse...

Olá Fernanda,

Eu cada vez entendo menos o ser humano, dói-me ver que os animais são maltratados em todo o lado.


1 beijinho

Ariadne disse...

Adoreiiiiiiiiiiiiiiiiii,

seu blog,como e otimo conhecer pessoas que tem um grande amor pelos animais
bjs , meu respeito e admiraçao

Ariadne

Margarete Benitez disse...

Que lindo texto Fernanda, eu adoro os animais, aqui em casa temos uma gatinha que iria para a rua, nós a acolhemos e é uma alegria tê-la aquí, é diversão garantida.
bjs.

Provance Home Banho disse...

Oi amiga , estou emocionada com seu texto pq como lhe falei em comentário estive na votação da SUIPA aqui no RJ e sai completamente deprimida pois a mulher que lá esta a 17 anos que faz eutanásia aos quilos pq ela fica com toda a grana recebida de seus colaboradores venceu , venceu assim como Hitler por anos até que ???? Enquanto isto os animais em gaiolas HORRIVEISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
MUITA DOR E SOFRIMENTO,
Bjssssssssssss